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Desvendando Desafios: Uma Análise Jurídica sobre Limitações no Tratamento da Doença Renal Crônica por Planos de Saúde

Introdução:

No epicentro da complexidade jurídica e das batalhas pela saúde, emerge a Doença Renal Crônica (DRC) como uma condição que vai além dos limites físicos, alcançando as fronteiras do sistema jurídico. Este artigo mergulha nas intricadas questões legais que circundam a limitação de tratamento para a DRC por parte dos planos de saúde, desvendando um panorama desafiador enfrentado por aqueles que buscam cuidados essenciais para uma condição que afeta milhões em todo o mundo.

A Doença Policística Renal (DPR), também conhecida como Doença Renal Policística (DRP), é uma condição hereditária caracterizada pelo desenvolvimento de cistos fluidos nos rins. Esses cistos podem aumentar progressivamente de tamanho e número, resultando em um aumento do volume renal e comprometimento da função renal ao longo do tempo.

Principais características da Doença Policística Renal:

1. Cistos Renais: O principal marcador da DPR é a formação de cistos nos rins. Esses cistos são bolsas cheias de líquido que podem se desenvolver em qualquer parte dos rins.

2. Aumento Progressivo: Com o tempo, os cistos tendem a aumentar de tamanho e número, resultando em um aumento gradual do tamanho dos rins. Esse aumento progressivo pode levar a complicações, como hipertensão arterial e insuficiência renal.

3. Hereditariedade: A DPR é geralmente uma condição hereditária transmitida de pais para filhos. Existem duas formas principais de DPR: a autossômica dominante, que é a forma mais comum e geralmente se manifesta na idade adulta, e a autossômica recessiva, que é menos comum e muitas vezes se manifesta na infância.

Sintomas da Doença Policística Renal: Os sintomas da DPR podem variar amplamente, e muitas pessoas podem não apresentar sinais evidentes nos estágios iniciais da doença. No entanto, à medida que os cistos crescem e multiplicam, os seguintes sintomas podem se manifestar:

• Dor na região lombar ou abdominal.

• Aumento da pressão arterial.

• Sangue na urina.

• Infecções urinárias frequentes.

• Aumento do volume abdominal devido ao crescimento dos rins.

Tratamentos para a Doença Policística Renal: Atualmente, não existe uma cura definitiva para a DPR, e os tratamentos visam principalmente controlar os sintomas e complicações associadas. As abordagens terapêuticas podem incluir:

1. Controle da Pressão Arterial: O gerenciamento da pressão arterial é crucial para retardar a progressão da doença. Medicamentos anti-hipertensivos podem ser prescritos para manter a pressão arterial dentro de níveis saudáveis.

2. Manejo de Complicações: Tratamentos podem ser direcionados para lidar com complicações específicas, como infecções urinárias. Antibióticos podem ser prescritos para tratar infecções.

3. Estilo de Vida Saudável: Adotar um estilo de vida saudável, incluindo uma dieta equilibrada com restrição de sal e controle da ingestão de proteínas, pode ser benéfico. A prática regular de exercícios físicos também é recomendada.

4. Monitoramento Regular: Exames de imagem, como ultrassonografias e ressonâncias magnéticas, são frequentemente utilizados para monitorar o tamanho e a progressão dos cistos renais. O acompanhamento médico regular é essencial para ajustar o plano de tratamento conforme necessário.

5. Diálise e Transplante Renal: Em estágios avançados da DPR, quando a função renal está significativamente comprometida, a diálise ou o transplante renal podem ser considerados como opções de tratamento. A diálise ajuda a filtrar os resíduos e o excesso de líquidos do sangue, enquanto o transplante renal envolve a substituição do rim afetado por um saudável de um doador.

A abordagem terapêutica para a Doença Policística Renal é frequentemente personalizada com base na gravidade dos sintomas e na progressão da doença em cada paciente. O acompanhamento próximo com uma equipe médica especializada em nefrologia é essencial para proporcionar um cuidado abrangente e adaptado às necessidades específicas de cada indivíduo afetado pela DPR.

1. A importância do tratamento da Doença Renal Crônica (DRC) e o impacto na vida do paciente

A Doença Renal Crônica (DRC) é mais do que uma condição médica; é um desafio diário que influencia profundamente a vida daqueles que a enfrentam. Compreender a importância do tratamento não apenas como resposta clínica, mas como um pilar essencial para a qualidade de vida, é fundamental. Este tópico explora a magnitude da DRC e destaca como a intervenção terapêutica não apenas controla os sintomas, mas também reverbera positivamente em diversos aspectos da vida do paciente.

Desafios Inerentes à DRC: A DRC impõe uma série de desafios, desde a gestão dos sintomas físicos até as adaptações emocionais e sociais necessárias. A progressão da doença pode resultar em fadiga, edema, anemia e outros sintomas que comprometem não apenas a saúde física, mas também a disposição mental e emocional do paciente. Enfrentar esses desafios requer não apenas tratamento médico, mas um enfoque holístico que abrace a complexidade da condição.

Impacto na Qualidade de Vida: O tratamento eficaz da DRC não se resume à estabilização dos parâmetros biomédicos; é um meio de preservar a qualidade de vida. Ao controlar a progressão da doença, é possível mitigar sintomas incapacitantes e manter um nível aceitável de funcionamento renal. Isso não só prolonga a sobrevida como também permite que o paciente mantenha uma vida ativa e significativa.

Dimensão Emocional da DRC: A DRC não é apenas uma batalha física, mas também emocional. A incerteza em torno da doença, os ajustes no estilo de vida e a possibilidade de tratamentos invasivos podem desencadear estresse, ansiedade e até depressão. O tratamento não só aborda as questões físicas, mas também se torna uma bússola vital para o suporte emocional, fornecendo estabilidade psicológica em meio às incertezas.

Adaptações na Rotina Diária: O tratamento da DRC frequentemente exige adaptações significativas na rotina diária. Restrições dietéticas, medicamentos regulares, acompanhamento médico frequente e, em casos avançados, procedimentos como diálise tornam-se elementos integrantes do cotidiano. Nesse contexto, o tratamento não é apenas uma intervenção médica; é uma ferramenta que capacita os pacientes a se ajustarem e continuarem suas vidas da forma mais plena possível.

Prevenção de Complicações Graves: Além de aliviar sintomas, o tratamento desempenha um papel crucial na prevenção de complicações graves associadas à DRC. A abordagem proativa, incluindo monitoramento regular e intervenção precoce, torna-se uma linha de defesa fundamental contra a deterioração da função renal. Assim, o tratamento não é apenas reativo, mas também preventivo, preservando a funcionalidade renal e proporcionando ao paciente uma perspectiva mais otimista.

Suporte Multidisciplinar: O tratamento da DRC é uma jornada compartilhada com uma equipe multidisciplinar. Nefrologistas, nutricionistas e profissionais de saúde mental unem forças para oferecer um suporte holístico. Vai além da gestão clínica, buscando promover o bem-estar geral do indivíduo afetado pela DRC.

Em síntese, a importância do tratamento da Doença Renal Crônica transcende a esfera médica, permeando todos os aspectos da vida do paciente. O entendimento abrangente dessa importância é vital para orientar uma abordagem terapêutica verdadeiramente centrada no paciente, visando não apenas prolongar a vida, mas também enriquecer a sua plenitude. O tratamento da DRC é, assim, uma expressão de cuidado integral, proporcionando não apenas anos à vida, mas vida aos anos dos pacientes.

2. Direito a concessão de tratamento da Doença Renal Crônica (DRC) e o acesso a saúde como direito fundamental

No cenário jurídico complexo que envolve a saúde, a Doença Renal Crônica (DRC) emerge não apenas como um desafio clínico, mas como um ponto crucial de reflexão sobre o acesso aos cuidados de saúde como um direito fundamental. Diante dessa condição que impacta diretamente a qualidade de vida, torna-se imperativo compreender e reafirmar o direito à concessão de tratamento para a DRC como um componente essencial do direito mais amplo à saúde.

Fundamentação Jurídica do Direito à Saúde: Em muitas jurisdições, o direito à saúde é consagrado como um princípio fundamental, reconhecendo a saúde como um elemento vital para a realização plena da vida e da dignidade humana. A DRC, por sua natureza debilitante, destaca a importância dessa garantia, transformando o acesso ao tratamento em não apenas uma opção, mas uma necessidade inalienável para mitigar os impactos da doença.

Equidade e Universalidade no Acesso ao Tratamento: A DRC não faz distinção com base em critérios socioeconômicos, sendo, portanto, uma condição que afeta indiscriminadamente. Assegurar o acesso universal ao tratamento é uma expressão clara do princípio da equidade em saúde. O direito à concessão de tratamento para a DRC visa garantir que nenhum indivíduo seja excluído da busca por cuidados adequados, independentemente de sua posição na sociedade.

Responsabilidade Estatal e Políticas de Saúde: A responsabilidade de garantir o acesso ao tratamento da DRC vai além do indivíduo afetado e recai sobre o Estado como guardião dos direitos fundamentais. Isso inclui a formulação de políticas de saúde pública, alocando recursos de maneira adequada e supervisionando de perto as instituições de saúde, incluindo planos de saúde, para garantir que cumpram suas obrigações no fornecimento de tratamento para a DRC.

Barreiras à Concessão de Tratamento e Questões Éticas: Infelizmente, barreiras como custos elevados, exclusões contratuais e burocracias administrativas podem dificultar o acesso efetivo ao tratamento da DRC. Essas barreiras não apenas levantam questões éticas, mas também destacam a necessidade de medidas eficazes para superar esses obstáculos, garantindo que todos tenham igualdade no acesso aos cuidados necessários.

Advocacia pela Universalidade do Direito à Saúde: A defesa pela concessão de tratamento para a DRC vai além de uma luta individual; é uma busca pela universalidade do direito à saúde. Campanhas de conscientização, pressão por políticas inclusivas e exigência de transparência nos sistemas de saúde são passos essenciais para avançar em direção a uma sociedade onde o tratamento para condições complexas como a DRC seja verdadeiramente acessível a todos.

Em última análise, o direito à concessão de tratamento para a Doença Renal Crônica não é apenas uma reivindicação legal, mas uma busca pela preservação da dignidade, igualdade e respeito aos direitos fundamentais. O tratamento, nesse contexto, transcende as paredes dos consultórios médicos; é uma manifestação tangível do compromisso de uma sociedade em preservar a saúde e o bem-estar de seus cidadãos, independentemente das condições de saúde que enfrentem.

3. Direitos dos beneficiários de plano de saúde ao tratamento da Doença Renal Crônica (DRC)

Em um contexto onde a saúde é um ativo precioso, os beneficiários de planos de saúde carregam consigo a expectativa legítima de acesso a tratamentos que possam aliviar o fardo imposto pela Doença Renal Crônica (DRC). Neste cenário complexo, é crucial esclarecer e afirmar os direitos desses beneficiários, assegurando que o caminho para o tratamento da DRC seja desimpedido e em conformidade com os princípios fundamentais.

Cobertura Contratual: Os beneficiários têm o direito de contar com a cobertura estabelecida em seus contratos de plano de saúde. Uma revisão cuidadosa desses contratos é essencial para compreender quais tratamentos relacionados à DRC estão inclusos na cobertura. Qualquer negação que contrarie as disposições contratuais pode ser objeto de contestação.

Recusa Injustificada: Os planos de saúde não podem, de maneira injustificada, recusar tratamento para a DRC se estiver dentro do escopo da cobertura contratual. Toda recusa deve ser fundamentada em critérios objetivos e não pode ser arbitrária. A ausência de uma justificativa sólida pode ser motivo para contestação.

Prazos e Agilidade: É direito dos beneficiários receber tratamento de forma oportuna. Atrasos não justificados podem comprometer a eficácia do tratamento. Conhecer os prazos estabelecidos pelos planos de saúde para autorização e execução de procedimentos relacionados à DRC é fundamental.

Procedimentos de Reclamação: Os beneficiários têm o direito de apresentar reclamações formalmente em caso de recusa indevida ou demora na autorização do tratamento. Conhecer os procedimentos internos para reclamações é essencial para garantir que as preocupações sejam devidamente registradas e respondidas.

Revisão de Decisões: Muitos planos de saúde oferecem procedimentos internos que permitem a revisão de decisões. Se o tratamento for inicialmente negado, os beneficiários têm o direito de solicitar uma revisão, apresentando evidências adicionais que respaldem a necessidade do tratamento.

Assistência Jurídica: Em casos de obstáculos significativos na obtenção do tratamento para a DRC, os beneficiários têm o direito de buscar assistência jurídica. Advogados especializados em direito da saúde podem orientar sobre os melhores cursos de ação e representar os beneficiários em questões legais.

Transparência e Comunicação: Os planos de saúde têm a obrigação de comunicar de forma transparente e clara sobre as condições de cobertura, processos de autorização e quaisquer limitações que possam existir em relação ao tratamento da DRC. A transparência facilita uma compreensão adequada por parte dos beneficiários.

Entender e reivindicar esses direitos é fundamental para assegurar que os beneficiários de planos de saúde recebam o tratamento adequado para a Doença Renal Crônica. Esta é não apenas uma busca por cuidados médicos, mas uma defesa pelos direitos essenciais à saúde e ao bem-estar, particularmente quando se trata de uma condição desafiadora como a DRC.

4. Motivos da limitação de tratamento para Doença Renal Crônica (DRC) em plano de saúde

A questão da limitação de tratamento para a Doença Renal Crônica (DRC) em planos de saúde é um enigma multifacetado, envolvendo uma miríade de fatores que impactam diretamente nas decisões relacionadas à cobertura. Compreender os motivos subjacentes a essas restrições é crucial para abordar as complexidades desse cenário e buscar soluções que atendam às necessidades dos beneficiários. Abaixo, destacam-se alguns dos motivos mais comuns que podem levar à limitação de tratamento para a DRC em planos de saúde:

Exclusões Contratuais: Alguns planos de saúde podem conter cláusulas de exclusão que especificam condições ou tratamentos não cobertos pelo plano. Se a DRC estiver listada como uma exclusão contratual, o plano pode negar a cobertura para o tratamento relacionado a essa condição. A revisão minuciosa do contrato é crucial para identificar possíveis exclusões.

Procedimentos Não Padronizados: Certos procedimentos ou tratamentos para a DRC podem não seguir os protocolos ou diretrizes padrão estabelecidos pela comunidade médica. Os planos de saúde podem impor restrições a tratamentos considerados não convencionais ou experimentalmente. Essa limitação muitas vezes se baseia na falta de consenso sobre a eficácia ou segurança de certos procedimentos.

Limites de Cobertura: Alguns planos de saúde impõem limites financeiros à cobertura de determinados procedimentos ou tratamentos. Se os custos associados ao tratamento da DRC excederem esses limites, o plano pode restringir a cobertura ou solicitar que o beneficiário arque com os custos adicionais. Essa restrição pode estar relacionada a uma preocupação com os custos financeiros envolvidos.

Carência e Tempo de Carência: Os períodos de carência são comuns em planos de saúde, durante os quais certos procedimentos ou condições não são cobertos. Se o beneficiário estiver dentro desse período quando diagnosticado com a DRC, o plano pode recusar a cobertura ou impor limitações temporárias. Essa medida visa evitar o aproveitamento de benefícios imediatamente após a adesão ao plano.

Avaliação da Necessidade do Tratamento: Os planos de saúde podem avaliar a necessidade do tratamento da DRC com base em critérios internos. Se a avaliação indicar que o tratamento não é considerado essencial ou urgente, o plano pode limitar ou recusar a cobertura. Essa limitação muitas vezes envolve uma análise da gravidade da condição e da urgência do tratamento.

Informações Insuficientes: A falta de documentação médica adequada ou informações claras sobre a necessidade do tratamento para a DRC pode levar à recusa ou limitação. A apresentação de evidências sólidas, como relatórios médicos detalhados, é essencial para evitar esse problema. A documentação adequada é crucial para respaldar a necessidade do tratamento.

Desconhecimento da Condição: Em alguns casos, a DRC pode não ser explicitamente mencionada no contrato do plano de saúde, levando a interpretações divergentes sobre a cobertura. O desconhecimento da condição pode resultar em limitações indevidas. Esse problema muitas vezes está relacionado à falta de atualização dos termos do contrato em relação a condições médicas emergentes.

Compreender os motivos por trás da limitação de tratamento para a Doença Renal Crônica é o primeiro passo para abordar essas restrições. Ao identificar esses motivos, os beneficiários e seus representantes podem tomar medidas adequadas, como a revisão das políticas contratuais, a busca por evidências médicas sólidas e a defesa de seus direitos de acesso ao tratamento necessário.

5. Quando a limitação de tratamento para a Doença Renal Crônica (DRC) em plano de saúde é Considerada Abusiva

A busca por tratamento adequado para a Doença Renal Crônica (DRC) muitas vezes se depara com desafios quando esbarramos em limitações impostas por planos de saúde. No entanto, é fundamental distinguir entre limitações justificáveis e práticas abusivas que violam os direitos dos beneficiários. Quando a limitação de tratamento para a DRC em um plano de saúde ultrapassa determinados limites éticos e legais, ela pode ser considerada abusiva. Abaixo estão alguns cenários em que essa limitação é suscetível a ser caracterizada como abusiva:

1. Violação de Normas Legais e Regulamentares: Se a limitação de tratamento para a DRC violar as normas legais e regulamentares estabelecidas para o setor de planos de saúde, isso pode ser considerado abusivo. Essas normas incluem diretrizes específicas sobre cobertura mínima obrigatória, prazos de carência e outras disposições destinadas a proteger os direitos dos beneficiários.

2. Negativa Arbitrária de Cobertura: Uma negativa arbitrária e injustificada de cobertura para o tratamento da DRC pode ser interpretada como abuso por parte do plano de saúde. Se a decisão do plano não estiver fundamentada em critérios médicos aceitáveis ou se for baseada em avaliações inadequadas da gravidade da condição, pode configurar uma prática abusiva.

3. Discriminação Injustificada: Se a limitação de tratamento para a DRC resultar de discriminação injustificada por parte do plano de saúde, isso é considerado abusivo. A discriminação pode ocorrer com base em características como idade, gênero, histórico médico ou outros fatores não relevantes para a necessidade real de tratamento.

4. Ausência de Comunicação Clara: A falta de comunicação clara por parte do plano de saúde sobre as limitações de tratamento para a DRC pode ser considerada abusiva. Os beneficiários têm o direito de serem informados de maneira transparente e compreensível sobre as condições de cobertura, exclusões e limitações. A falta de clareza pode ser interpretada como uma tentativa de ocultar informações importantes.

5. Descumprimento de Contrato: Se o plano de saúde, ao limitar o tratamento para a DRC, estiver em desacordo com os termos do contrato estabelecido com o beneficiário, isso pode ser considerado abusivo. O contrato é um acordo legal entre as partes, e o descumprimento das disposições contratuais pode resultar em ações legais por parte do beneficiário.

6. Falta de Fundamentação Técnica: Uma limitação de tratamento para a DRC sem uma fundamentação técnica sólida pode ser considerada abusiva. Os planos de saúde devem basear suas decisões em avaliações médicas adequadas, considerando as diretrizes e práticas aceitas pela comunidade médica.

Ao identificar situações em que a limitação de tratamento para a DRC ultrapassa os limites legais e éticos, os beneficiários têm o direito de contestar tais práticas. A defesa dos direitos individuais é essencial para garantir o acesso justo e adequado ao tratamento da Doença Renal Crônica.

6. Os procedimentos e requisitos administrativos e judiciais para reverter a limitação de tratamento para a Renal Crônica (DRC) em plano de saúde

Quando um beneficiário de plano de saúde se depara com a limitação de tratamento para a Doença Renal Crônica (DRC), é essencial estar ciente dos procedimentos e requisitos tanto administrativos quanto judiciais que podem ser acionados para reverter essa situação. A seguir, discutiremos as etapas que podem ser seguidas nesse processo:

1. Contato e Comunicação com o Plano de Saúde: O primeiro passo é entrar em contato com o plano de saúde para obter informações detalhadas sobre a negativa ou limitação de tratamento para a DRC. É importante documentar todas as comunicações, incluindo datas, horários e nomes dos representantes com quem você conversou.

2. Revisão Administrativa: A maioria dos planos de saúde oferece um processo interno de revisão administrativa. Este procedimento permite que o beneficiário solicite uma reconsideração da decisão inicial. Durante esse processo, é crucial apresentar toda a documentação médica e informações necessárias que sustentem a necessidade do tratamento para a DRC.

3. Consulta com Profissionais de Saúde: Obter pareceres de profissionais de saúde qualificados pode reforçar a argumentação a favor do tratamento. Relatórios médicos detalhados, evidências de protocolos médicos reconhecidos e a opinião de especialistas na área da DRC podem fortalecer o caso do beneficiário.

4. Advocacia Jurídica Especializada: Caso a revisão administrativa não seja bem-sucedida, a próxima etapa pode envolver a busca por orientação jurídica especializada. Advogados especializados em direito do consumidor ou direito da saúde podem oferecer assistência para entender os direitos do beneficiário e tomar as medidas adequadas.

5. Ação Judicial: Se todas as tentativas administrativas falharem, o beneficiário pode optar por entrar com uma ação judicial. Esse processo envolve a apresentação de uma queixa perante o sistema judiciário, argumentando que a limitação de tratamento para a DRC é injustificada e viola os direitos estabelecidos.

6. Coleta de Evidências: Ao preparar uma ação judicial, é crucial coletar todas as evidências relevantes, incluindo registros médicos, comunicações com o plano de saúde, relatórios de especialistas e qualquer outra documentação que sustente a necessidade do tratamento.

7. Audiência e Julgamento: O processo judicial pode envolver audiências, onde as partes apresentam seus argumentos e evidências. Dependendo do caso, o tribunal decidirá se a limitação de tratamento para a DRC é legítima ou se deve ser revertida.

8. Cumprimento da Decisão Judicial: Se o tribunal decidir a favor do beneficiário, o plano de saúde será obrigado a cumprir a decisão e fornecer o tratamento necessário para a DRC. O não cumprimento pode resultar em consequências legais para o plano de saúde.

É fundamental lembrar que, em todas as etapas, a orientação de profissionais qualificados, sejam eles da área médica ou jurídica, pode ser crucial para garantir que os direitos do beneficiário sejam adequadamente defendidos durante o processo de reversão da limitação de tratamento.

Conclusão:

Ao explorar as complexidades jurídicas que circundam a limitação de tratamento para a Doença Renal Crônica (DRC) em planos de saúde, revelamos um panorama desafiador enfrentado por milhões de beneficiários em busca de cuidados essenciais. A Doença Policística Renal, com suas características distintas e impactos significativos na vida dos pacientes, serve como uma lente para examinar não apenas os desafios médicos, mas também as questões legais e éticas que permeiam a busca por tratamento.

O tratamento da DRC não é apenas uma resposta clínica; é um pilar essencial para a qualidade de vida daqueles que enfrentam diariamente essa condição. Os desafios inerentes, desde a gestão dos sintomas físicos até as adaptações emocionais e sociais, ressaltam a necessidade de uma abordagem holística, que vá além do tratamento médico convencional. A importância do tratamento transcende as esferas médicas, permeando todos os aspectos da vida do paciente.

Em paralelo, a análise jurídica revela a interseção crítica entre o direito à saúde e as práticas dos planos de saúde. O reconhecimento do direito à concessão de tratamento para a DRC como um componente essencial do direito mais amplo à saúde destaca a importância de garantir equidade e universalidade no acesso aos cuidados de saúde. Nesse contexto, a responsabilidade estatal e as políticas de saúde desempenham um papel fundamental na promoção do acesso justo e igualitário.

Os direitos dos beneficiários de planos de saúde emergem como uma linha de defesa crucial na busca por tratamento adequado. Da revisão cuidadosa dos contratos à contestação de recusas injustificadas, os beneficiários têm à disposição ferramentas legais para assegurar que seus direitos sejam respeitados. A transparência por parte dos planos de saúde e a compreensão dos procedimentos de reclamação são elementos-chave nessa busca por justiça.

Entretanto, quando nos deparamos com limitações consideradas abusivas, a necessidade de ações mais assertivas se impõe. Identificar violações legais, discriminação injustificada e descumprimento de contratos são pontos de partida para a contestação dessas práticas abusivas. A busca por assistência jurídica especializada e a defesa ativa dos direitos individuais se tornam cruciais nesses momentos.

Em última análise, a jornada para reverter a limitação de tratamento para a DRC requer uma combinação de esforços: desde a comunicação proativa com os planos de saúde até a ação legal quando necessário. O papel essencial dos profissionais de saúde e jurídicos, em conjunto com a conscientização pública e o apoio mútuo entre os beneficiários, molda um cenário onde o tratamento adequado para a Doença Renal Crônica não seja apenas um direito, mas uma realidade acessível a todos.

Assim, desvendamos desafios, exploramos direitos e delineamos caminhos para a justiça, conscientes de que a jornada em busca de tratamento para a DRC é, em última análise, uma busca pela preservação da saúde, dignidade e bem-estar de cada indivíduo afetado por essa condição desafiadora.